O horário de verão é um tema recorrente tanto na Europa quanto no Brasil, devido ao seu impacto na economia e no consumo de energia. A mudança nos ponteiros do relógio tem como objetivo maximizar o aproveitamento da luz natural, resultando em uma redução no uso de eletricidade. Entretanto, as abordagens entre as regiões podem variar. Abaixo, exploraremos a situação atual do horário de verão na Europa e a recente decisão do governo brasileiro de não retomar a medida em 2024, com uma possível reavaliação em 2025.
Horário de Verão na Europa: Quando Termina em 2024?
Na Europa, o horário de verão termina no último domingo de outubro. Em 2024, isso ocorre no dia 27 de outubro, quando os relógios serão atrasados em uma hora. Esta medida é padronizada por toda a União Europeia e tem início no último domingo de março, garantindo mais horas de luz ao longo da primavera e verão.
O horário de verão europeu visa reduzir o consumo de energia, especialmente durante os horários de pico. No entanto, nos últimos anos, diversos debates sobre sua real eficácia foram levantados, com alguns países questionando se a medida deve continuar no futuro.
Brasil: Decisão de Não Retomar o Horário de Verão em 2024
Enquanto a Europa segue com seu cronograma estabelecido para o horário de verão, no Brasil, o governo federal descartou o retorno da medida em 2024, apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o cenário de chuvas melhorou e a segurança energética está assegurada, eliminando a necessidade de adiantamento dos relógios. A volta da medida poderá ser avaliada novamente em 2025.
Desde 2019, o Brasil não implementa o horário de verão. A suspensão ocorreu no governo de Jair Bolsonaro, que alegou que a mudança de comportamento da sociedade e os avanços tecnológicos reduziram a eficácia da medida em termos de economia de energia. Além disso, segundo o governo atual, a implementação da medida em 2024 seria limitada, pois só poderia começar em novembro, diminuindo os benefícios esperados, que se concentram entre outubro e dezembro.
Razões para a Não Implementação em 2024
Entre os principais fatores para o governo brasileiro não adotar o horário de verão em 2024 estão:
- Melhora no Cenário Hídrico: O aumento das chuvas e a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas reduziram a necessidade de acionar termelétricas mais caras e poluentes, diminuindo a urgência da medida.
- Planejamento Tardio: Como o horário de verão só poderia começar em novembro, o pico de custo-benefício da medida, que ocorre entre outubro e meados de dezembro, seria pouco aproveitado.
- Adequação Setorial: Setores como o de aviação e comércio precisariam de mais tempo para adaptar suas operações, o que inviabilizaria uma adoção de última hora da medida em 2024.
Por Que o Horário de Verão Ainda é Relevante no Debate?
Embora descartado este ano, o governo brasileiro considera a possibilidade de retorno do horário de verão para o futuro, especialmente como forma de otimizar o uso de energia solar e eólica. Durante o início da noite, a produção de energia solar diminui e, mais tarde, a geração eólica aumenta. O horário de verão ajuda a deslocar o pico de consumo de energia para horários com maior oferta de energia solar, o que pode reduzir o uso de termelétricas.
Conclusão
Com a decisão de não retomar o horário de verão em 2024, o governo brasileiro busca equilíbrio entre a necessidade de segurança energética e os custos operacionais da medida. Enquanto isso, a Europa continua utilizando o horário de verão como uma ferramenta tradicional de economia de energia, com o término da medida em outubro. A questão permanece em debate em ambos os continentes, e sua relevância deve ser reavaliada conforme as condições climáticas e energéticas evoluam.