Nos últimos dias, o setor de cibersegurança foi abalado por ataques cibernéticos significativos em Portugal, que paralisaram plataformas essenciais da Agência para a Modernização Administrativa (AMA). Esses ataques impactaram sistemas críticos como o Autenticação.Gov, o Gov.ID, e os serviços de prescrição eletrônica móvel, causando transtornos generalizados para os cidadãos e serviços públicos.
Este incidente é um lembrete claro de como ciberataques podem afetar infraestruturas governamentais, comprometendo a segurança de dados e a confiança pública. Mas para além do impacto imediato, esses eventos também ressaltam a crescente demanda por profissionais qualificados em cibersegurança.
O Crescimento da Carreira em Cibersegurança
Diante do aumento de ataques como o ransomware – um tipo de malware que “sequestra” dados e exige pagamento para liberar o acesso – as empresas e governos estão mais atentos do que nunca à proteção de seus sistemas. Ataques como o WannaCry e Petya ganharam destaque ao afetar milhares de organizações globais, e agora vemos um cenário semelhante em Portugal, impactando até mesmo sistemas como o Autenticação.Gov. Isso cria uma oportunidade de carreira para quem quer atuar na área de cibersegurança, seja localmente ou em mercados internacionais.
Segundo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), o acompanhamento de incidentes e a implementação de medidas de mitigação são essenciais para prevenir e recuperar sistemas afetados por ransomware. Essa função requer profissionais capazes de antecipar e neutralizar ameaças cibernéticas – e essa habilidade é altamente valorizada no mercado de trabalho.
A Demanda por Profissionais Qualificados
Empresas e governos em todo o mundo estão aumentando seus investimentos em defesas cibernéticas, resultando em uma alta demanda por especialistas. Profissões como Analistas de Segurança da Informação, Engenheiros de Cibersegurança, e Especialistas em Resposta a Incidentes estão em alta demanda. A International Information System Security Certification Consortium (ISC²) estima que há um déficit global de mais de 3 milhões de profissionais de cibersegurança, o que torna este campo extremamente promissor.
Para quem busca ingressar ou crescer nesse setor, é essencial adquirir certificações reconhecidas internacionalmente, como Certified Information Systems Security Professional (CISSP) e Certified Ethical Hacker (CEH). Essas certificações aumentam a empregabilidade e abrem portas para oportunidades em empresas multinacionais, que cada vez mais precisam proteger seus sistemas de ataques sofisticados.
Como Aproveitar as Oportunidades no Exterior
Com a crescente digitalização, não são apenas empresas de tecnologia que buscam profissionais de cibersegurança. Setores como saúde, finanças e governos estão ampliando suas áreas de segurança da informação. Para quem deseja trabalhar no exterior, como na Holanda, Alemanha, ou Reino Unido, é importante se manter atualizado com as tendências de cibersegurança locais e obter fluência em línguas estrangeiras, como o inglês e o holandês.